"Uma de nossas tarefas, como educadores e educadoras, é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para a transformação do mundo, de que resulte um mundo mais "redondo", menos arestoso, mais humano, e em que se prepare a materialização da grande Utopia: Unidade na Diversidade"

(Paulo Freire, Política e Educação, 23a. ed., p. 35-36)



SEJAM TODOS BEM VINDOS!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Diversidade Cultural

Para tentar ilustrar, um pouco, a questão da Diversidade Cultural em nosso país, sugiro como tema de estudo a música Inclassificáveis, de Arnaldo Antunes, lançada no álbum O Silêncio, de 1997.

O vídeo abaixo é resultado de um projeto de ilustração desenvolvido com alunos da 7a série do Ensino Fundamental a fim de trabalhar as questões da Diversidade Cultura presentes na música.

Bom Divertimento! Somos o que somos, inclassificáveis!


Pare e reflita um pouco!


terça-feira, 30 de março de 2010

Iniciando crianças em Educação Ambiental: Estudo de caso


Sabemos que o interesse pela questão ambiental surge por termos consciência de que ela faz parte de nossa vida e é motivado por fatores sociais, econômicos e outros. Já os estudos com as temáticas ambientais justificam-se por sensibilizar a sociedade [...]

Resumo
Sabemos que o interesse pela questão ambiental surge por termos consciência de que ela faz parte de nossa vida e é motivado por fatores sociais, econômicos e outros. Já os estudos com as temáticas ambientais justificam-se por sensibilizar a sociedade para adoção de uma política ética e solidária em relação ao meio ambiente, formar um cidadão atuante e consciente a fim de buscar soluções para problemas ambientais, além de informar-se sobre a legislação ambiental para utilizar seus direitos constitucionais e de cidadania. O ambiente, nesse caso, deve ter as características de todos que ali convivem e as crianças sentirem que aquele lugar lhes pertence (BLASI, 2008). Observamos que as crianças passaram a ter uma nova percepção de ambiente, pois conseguiram verbalizar a sua compreensão e percepção a respeito do meio ambiente com bastante clareza e detalhes. É necessário também refletir sobre a formação dos professores, para que cada um repense sobre sua função, busque mais conhecimentos teóricos que lhe dê suporte para mudar a prática. Nesse desafio à educação pode ser uma alternativa.

Para saber mais, veja toda a dinâmica Clique aqui

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

A Educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. É importante lembrar que a educação de jovens e adultos está tendo uma preocupação maior atualmente.

A iniciativa faz parte das várias pesquisas financiadas pela coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) até 2009.
Os alunos do EJA são geralmente trabalhadores/as, empregados/as e desempregados/as que não tiveram acesso à cultura letrada.
O que acontece é que existem grandes disparidades entre ricos e pobres. De acordo com estudos realizados, a população pobre encontra-se em desvantagem principalmente ao se tratar de jovens e adultos.

Os educadores para fazerem parte do corpo docente do EJA devem ter uma formação inicial, além de contribuírem de forma relevante para o crescimento intelectual do indivíduo, realizando o exercício de cidadania.
Mundo Educação » Educação » Educação para Jovens e Adultos ( EJA)

QUILOMBOLAS

Os quilombos não pertencem somente a nosso passado escravista. Tampouco se configuram como comunidades isoladas, no tempo e no espaço, sem qualquer participação em nossa estrutura social.

Ao contrário, as mais de 2 mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.

FONTE: http://www.cpisp.org.br/comunidades/

Diversidade na escola precisa ser melhor difundida

As alterações dos artigos 26 e 79 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), por meio da Lei nº 10.639/2003, foram passos importantes a caminho de uma pedagogia e de uma didática que valorizem a diversidade étnico-racial e cultural presente nas escolas brasileiras. Apesar disso, quando observada de perto, a prática ainda é contraditória e se revela deficiente.

O artigo 26 obriga a todos os estabelecimentos de ensino, particulares ou públicos, incluírem em todo o currículo escolar o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, mostrando como essas culturas influenciaram e ajudaram na formação da nação brasileira. Mas muitos professores se sentem despreparados e apresentam dificuldade para introduzirem em suas aulas os conteúdos programáticos relacionados a essas culturas.

Claudia Gomes, professora de português da rede estadual de ensino de São Paulo, diz que sente dificuldade na hora de falar sobre literatura africana. “Sou a favor da lei. Mas acho que falta uma formação para nós professores a respeito de como introduzir esses conteúdos. Quando se trata de literatura africana, por exemplo, existem pouquíssimos especialistas que podem falar com propriedade sobre o assunto”.

Enquanto isso, o artigo 79 garante o ensino para a população indígena, respeitando sua cultura e suas tradições e também exige que o calendário escolar acrescente o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. Porém alguns ambientes escolares não valorizam a diversidade e muitos livros didáticos ainda tratam o negro e o índio como povos menos favorecidos e desvalorizados.

Segundo a diretora executiva do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades, Maria Aparecida Silva Bento, em muitos casos as próprias escolas não contemplam a diversidade. “Numa escola que fizemos um trabalho de inclusão da cultura africana notamos que mais da metade dos alunos eram negros e pardos. No entanto, quando observamos as bonecas feitas pela própria comunidade e os cartazes pendurados feitos pelos alunos e professores, só apareciam brancos”.

Para Maria Aparecida, são nas relações do cotidiano que o preconceito aparece. “O fato de ser negro e se desenhar branco é um exemplo disso. Infelizmente, o preconceito está enraizado em nossa sociedade. Por isso, é de extrema importância a inclusão da cultura africana nas escolas. Porque com a inclusão, percebemos que existe uma diminuição da discriminação e uma valorização da cultura por meio das histórias de lutas, de extermínio, da democracia e da religiosidade negra. O sujeito que era reativo passa a ser pró-ativo”.

Diversidade e livros didáticos

A editora de literatura e paradidáticos e psicanalista Myriam Chinalli, diz que o livro escolar, por exemplo, é uma forma de transmissão de conhecimento e por isso é tão importante produzir um material que seja mais adequado a nossa realidade e a nossa população.

Myriam explica que nos últimos anos, o mercado editorial brasileiro sofreu um boom, cresceu rapidamente e intensificou sua produção. Nesse contexto, a editora comenta que surge um grande interesse das editoras estrangeiras pelo nosso mercado editorial. “Um movimento, sem dúvida, paradoxal. Ao mesmo tempo em que o mercado cresce e exige-se mais qualidade, por se tratar de empresas estrangeiras, o interesse fica nítido. A prioridade não é o conteúdo em si, e sim o mercado econômico. Com isso, os cuidados e as exigências da produção diminuíram. O livro é muito bonito, porém pouco consistente”.

A editora também diz que falta diversidade nos livros didáticos. “O mercado editorial é autofágico. As editoras querem gastar pouco e vender muito. As ilustrações são muito antigas e não existe uma preocupação em realizar novas pesquisas iconográficas, e na iconografia os negros quase não aparecem. Infelizmente, em muitos livros o negro e o índio ainda só aparecem quando se trata de questões raciais, ou como a ‘Tia Anastácia’, sendo um coadjuvante, ocupando uma profissão desvalorizada, ou representando a pobreza”.

A editora de Educação Infantil e Ensino Fundamental da editora Scipione,
Valdivania Fastino, discorda. “Tomamos muito cuidado com a questão da diversidade. Existe uma preocupação muito forte a respeito desse assunto dentro do editorial. Sempre procuramos colocar ilustrações não só de negros como de pessoas com deficiência, gordinhos, japoneses e de pessoas de óculos, nos mais diversos assuntos”.

Valdivania conta que uma vez um ilustrador fez um globo e em cada país colocou uma pessoa que representasse aquela nação. “Todos estavam vestidos e calçados. Porém, quando vimos na África o representante estava sem camisa e descalço. Achamos um absurdo. Não dá para aceitar uma coisa dessas. Pedimos para o ilustrador refazer o desenho colocando roupa e sapatos no africano”.

Para finalizar, Myriam diz que o governo brasileiro precisa ser mais exigente. “Existe ações pipocando nesse sentido, mas temos que exigir mais. Algumas editoras tentam mudar, mas o mercado editorial mesmo só avança se pressionado pelo governo”.

Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/powuwecluc.mmp